quarta-feira, 29 de abril de 2015

Google na linha do Douro

Até agora, a Google Street Views ainda só tinha feito esta experiência nas espetaculares linhas férreas suiças, que cruzam os Alpes proporcionando paisagens fantásticas. Mas agora está prevista a filmagem de algumas viagens em linhas férreas portuguesas, que não são menos fantásticas. A primeira vai ser a Linha do Douro, mas prevê-se que se sigam outras, como a Linha de Cascais. Mais informações disponíveis aqui.
O projeto está a decorrer por estes dias: serão treze dias de viagem, a 30 quilómetros por hora, para que as imagens resultem perfeitas. No entanto, só daqui a cerca de três meses as imagens estarão disponíveis online, porque é necessário editar as imagens, apagando rostos, por exemplo.
Poder ver as paisagens circundantes, mas também as linhas, os túneis, como se estivessemos na cabina do maquinista, ao lado dele... Acho uma excelente ideia! Isto é que são, verdadeiramente, olhares viajantes...

Linha do Douro (flickr)

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Pela Costa Vicentina II

Zambujeira do Mar
Começamos o nosso segundo dia de exploração da Costa Vicentina na Zambujeira do Mar, onde pernoitámos. Gosto muito da Zambujeira, já por lá andei várias vezes, é uma vila muito simpática debruçada sobre uma praia esplêndida! É uma praia boa para famílias com crianças, tem bons acessos e a praia é protegida por formações rochosas que quebram o ímpeto do mar e a tornam bastante segura.
Nessa manhã clara de começo de primavera, o ar estava muito limpo e fresco e o azul era tão brilhante que nos enchia os olhos de água. Afastamo-nos da Zambujeira do Mar pela estrada da costa, debruada de mimosas amarelas.

Ninhos de cegonhas no Cabo Sardão
A próxima paragem é o Cabo Sardão, um dos sítios mais extraordinários daquela costa. Havia vários grupos de turistas, extasiados, de máquina fotográfica em punho. Quando chegámos, uma delas veio chamar-nos a atenção para os ninhos de cegonhas, alcandorados nos penhascos mais inacessíveis junto ao mar. E exclamava "Amazing! Wonderful!" Maravilhoso, mesmo!
Para norte do Cabo Sardão, a costa muda, torna-se menos escarpada e as praias tornam-se mais acessíveis, como a praia de Almograve.

Praia de Almograve
Vila Nova de Milfontes é uma espécie de princesa do litoral alentejano. É a vila mais turística, com muita oferta hoteleira e de restauração. No entanto, e apesar da pressão do turismo de massas, ainda preserva muitos recantos pitorescos. A foz do rio Mira abre uma baía extensa, com várias praias agradáveis, tanto para norte como para sul. 

Vila Nova de Milfontes
Seguimos para Porto Covo, com paragem na Ilha do Pessegueiro. É um local muito interessante, cheio de histórias e mistérios. Perto do forte seiscentista que guarda a costa, olho para a ilha e imagino o mar a bater no pequeno forte que ainda lá está, em ruínas, e quase oiço os tiros que se cruzavam enquanto os navios atacantes se escondiam atrás das suas rochas. Parece que houve um projeto para construir um molhe que ligasse a ilha à costa, mas a fúria do mar de inverno frustrou o projeto.

Ilha do Pessegueiro
Continuando para norte, a paisagem da costa volta a mudar. O mar penetra na terra, em lagoas e línguas de mar. As margens são baixas, arenosas. A vegetação é mais esparsa, há pinheiros e mimosas. As praias reveem-se nas lagoas, da Sancha, de Santo André, de Melides.

Lagoa de Santo André
Tinhamos decidido subir toda a costa e, portanto, resolvemos rolar até à ponta de Tróia. Uma paragem na marina sabe sempre bem e é uma maneira simpática e gradual de regressar a um ambiente urbano e cosmopolita. A partir daí, fomos apanhar o ferry-boat. Sou uma apaixonada por viagens de barco e, embora seja um percurso pequeno, a minha paixão consola-se com a passagem do estuário do Sado. As motas têm prioridade, não há filas de espera, só o vento fresco na face e o sol morno do fim da tarde.

Marina de Tróia
Antes de terminar este roteiro pela costa vicentina, e porque a cultura dos sítios também passa pelo que se come, aqui ficam as anotações gastronómicas:
- Almoço de sábado no Restaurante A Casinha, em Sagres, onde comemos uns ovos com farinheira e um arroz de polvo de comer e chorar por mais.
- Jantar de sábado foi uma coisinha leve, uma feijoada de búzios num dos restaurantes da Zambujeira do Mar, junto da praia.
- Almoço de domingo foram só petiscos, numa esplanada frente à Lagoa de Santo André, rematados por uma bifana.
- Jantar de domingo em Setúbal, no Restaurante Baluarte. Choco frito, pois claro...


No ferry-boat
Peço desculpa pela falta de qualidade das fotografias, de que os sítios não têm qualquer responsabilidade. Só pretendem dar uma pálida ideia da beleza selvagem desta costa.



sábado, 25 de abril de 2015

Caminito d 'El Rey esgotado até ao verão


Troço do Caminito - Foto de elmundo.es
O Caminito d' El Rey é uma passagem cravada nas altas paredes dos desfiladeiros espanhóis de Chorro e Gaitanes, a norte de Málaga, com cerca de três quilómetros. A construção, finalizada em 1905, foi feita como apoio a uma hidroelétrica no rio Guadalhorce, mas segue um velho caminho de serviço que percorria o Desfiladeiro de los Gaitanes.
Degradado e perigoso, o caminho foi vedado ao público e, após mais de dez anos foi agora reaberto com novas garantias de segurança. as imagens mostram-nos passadiços e caminhos que passam em locais quase impossíveis, vertiginosos e atraentes para todos os passeantes corajosos e um pouco aventureiros.
O resultado era previsível: as reservas afluiram e agora a célebre passagem está esgotada até ao verão.
Para quem quiser lá ir, apreciar estas paisagens fantásticas e viver estas emoções, o melhor é marcar com antecedência a viagem. Voar para Málaga e tentar a sorte pode trazer outros encantos, que não incluem seguramente o percurso do Caminito d' El Rey.
Mais informações úteis sobre o Caminito, como acessos e  central de reservas, podem ser encontrados neste site: Caminito d'El Rey.

terça-feira, 21 de abril de 2015

Pela Costa Vicentina I


Algures, na costa vicentina
Aproveitando o início da primavera e do bom tempo, decidimos apanhar ares de mar subindo a Costa Vicentina. Podia dizer que é a região mais bonita de Portugal, mas errava com certeza, porque cada pessoa tem um olhar diferente sobre as coisas. Mas acho que posso afirmar sem errar que aí se encontram as praias mais belas de Portugal. A sua beleza intocada, um pouco selvagem, é arrebatadora. Como toda esta costa se encontra integrada no Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina, conseguiu conter-se a pressão urbanística e turística que desfigurou muitas outras zonas, igualmente lindíssimas, da nossa costa. E assim podemos correr em praias quase vazias, observar as aves nos penhascos, enfim, desfrutar de uma paisagem ímpar.
O nosso plano era descer rapidamente até Sagres e depois começar a subir a costa, sem pressas, metendo o nariz em todos os sítios interessantes.


Alcácer do Sal
Começando a descida, a primeira paragem foi em Alcácer do Sal, para o café da manhã, acompanhado de uma queijada de requeijão. Parar em Alcácer do Sal é sempre um prazer. As casas brancas refletem-se nas águas calmas do rio e os ninhos das cegonhas coroam as torres das igrejas enquanto as mais variadas aves esquadrinham as margens em busca de comida. Por isto tudo não é de admirar que se encontrem fotógrafos em passeio na marginal, de máquina em punho. Um desses fotógrafos chamou-me a atenção: vestido com um casaco de camuflado, de botas, com o seu cão ao lado, parecia um caçador. Um caçador de imagens...
Caçadores de imagens...
Paragem seguinte, Sagres. E, após uma breve passagem pela fortaleza, começamos a subida. Depois do Cabo de São Vicente, o acesso ao mar e às praias começa a ser mais difícil. Como se a própria natureza quisesse esconder de olhos menos persistentes os seus maiores segredos. Não há estrada junto à costa, para chegar a cada praia é preciso fazer quilómetros de estradas estreitas, por vezes mal sinalizadas. Mas vale a pena. 


Cabo de São Vicente
A primeira grande descoberta é a praia da Carrapateira. Uma enorme extensão de areal, batido por ondas pequenas e regulares. Muito mais gaivotas do que passeantes. Por mim, ficava já ali, sentada no promontório sobre a praia, embalada pelo azul e pelo barulho do mar.


Praia da Carrapateira
Continuamos para norte, Arrifana, Monte Clérigo. Cada praia é uma conquista difícil e um fascínio. 


Praia da Arrifana
Encontram-se mais estrangeiros, alemães, franceses, do que portugueses. Chegam com a sua sofreguidão de sol e de mar, empunham as pranchas de surf, ou pura e simplesmente sentam-se a apreciar o pôr do sol sobre o mar. Como nós fizemos também, junto à praia de Monte Clérigo.


Pôr do sol em Monte Clérigo
Acabamos o dia na Zambujeira do Mar, numa residencial com cágados no pátio. Que mais se pode desejar?


Os cágados no pátio da Residencial Rosa dos Ventos



domingo, 19 de abril de 2015

Roteiro Literário pelos Pubs de Dublin

No último post, divulguei os roteiros que a Irlanda disponibiliza para os fãs da série Game of Thrones. Mas, para os turistas menos fanáticos pela televisão e mais interessados em literatura, também existem uns roteiros bem interessantes, pelos pubs de Dublin.



Dos cerca de 800 pubs da cidade, alguns têm uma estreita ligação com romancistas que aí viveram ou visitaram a cidade e com a própria literatura irlandesa. 
São passeios de cerca de três horas, guiados por dois atores bem humorados, que vão parando, contando histórias, lendo trechos de obras, até cantando canções. Tudo a propósito dos espaços onde vão parando, pubs antigos e cheios de tradições, como o The Duke ou o O'Neills.
Parece-me uma iniciativa bem atraente para os amantes da literatura irlandesa, tanto como para os amantes da cerveja irlandesa. Se juntar os dois amores, então, é irresistível.
Mais informação sobre estes roteiros aqui ou diretamente no site do Dublin Pub Crawl.

sexta-feira, 17 de abril de 2015

Roteiro do Game of Thrones na Irlanda

A série Game of Thrones, a super produção adaptada dos livros de George R. R. Martin, recomeçou esta semana. Não sei o que agrada mais aos fãs: se as histórias que se cruzam das famílias que lutam pelo domínio da terra de Westeros, se as fantásticas paisagens dos locais de filmagens. Há filmagens localizadas em Marrocos, em Malta, na Croácia, na Islândia, mas também na Irlanda. E, em boa hora, o turismo irlandês decidiu apostar no turismo televisivo, organizando tours ou disponibilizando informação e visitas aos locais mais emblemáticos que são utilizados na série.
Para quem estiver interessado, há mais informações neste site irlandês.


terça-feira, 14 de abril de 2015

De mota pelos Pirinéus VII - O misterioso Mosteiro de San Juan de la Peña


À descoberta do monasterio...
Começamos a sair do Maciço Central dos Pirinéus e a descer pelo chamado Pirineo Aragonês. É aqui, no meio da paisagem protegida do Monte Oroel, que encontramos um dos locais mais estranhos e fascinantes da nossa viagem: o Monasterio de San Juan de la Peña.


O Monasterio de San Juan de la Peña, debaixo da sua enorme pedra
Conta a lenda que um jovem caçador, Voto, em perseguição de um cervo, teria caído de um destes penhascos, ou penhas, e teria encontrado numa cova o cadáver de um ermitão, Juan de Atarès. Impressionado, vendeu todos os seus bens e recolheu-se com o seu irmão Felix no mesmo local, criando aí uma ermida, que está na origem do mosteiro.


Vista da penha que cobre o mosteiro
Estavamos no século VIII, e conta também a lenda que aqui se teriam reunido os companheiros de Garci Ximenez, o primeiro vencedor, nesta zona, dos sarracenos que ocupavam a Península Ibérica. Vem daqui a ligação dos primeiros reis de Aragão a este mosteiro, onde estão enterrados.
O mosteiro vai sendo construído e ampliado, entre os séculos XI e XIII. Ainda se podem visitar várias salas, dormitórios, refeitório, capelas. A vida no mosteiro era austera, como a paisagem que o rodeava.

A paisagem circundante
As salas, de tetos altos e grossas paredes de pedra, ajudam-nos a reviver o dia a dia dos monges, nessa época remota. Os que pretendiam ser admitidos tinham de ficar cinco dias à porta, sem comer, e passar depois o primeiro ano em absoluto silêncio. Vidas de eremitas...


As capelas
O claustro é exterior ao edifício principal e situa-se debaixo da enorme penha que dá nome ao local. É de uma beleza e originalidade ímpar.


O invulgar claustro exterior
Os capitéis ilustram cenas da Bíblia, com uma mestria e um naturalismo invulgares na época.


Um dos capitéis, com a cena da última ceia de Cristo
Mas os tempos mudam e as exigências de conforto também. É assim que, no século XVII, na sequência de um grande incêndio, se decidiu construir um novo mosteiro, num local próximo mas mais acessível. Talvez o velho ermitão Juan de Atarès não tenha gostado de ser abandonado. Várias vicissitudes fazem com que o novo mosteiro nunca seja terminado. Hoje, completamente reabilitado, ressurgiu como uma Hospedaria com quatro estrelas!
Curiosidade: também conta a lenda que o mosteiro teria guardado o Santo Graal, entre os séculos XI e XIV. Ainda lá se pode ver uma suposta réplica do verdadeiro cálice.


A réplica do Santo Graal
Ainda repletos desta beleza austera e de espírito monástico, continuamos o nosso caminho à procura de um local para almoçar. O salto para o século XXI não podia ser mais brusco. Acabamos por almoçar com um grupo de motards da Catalunha, num camping para amantes dos ditos motociclos. Falam-nos dos Mallos de Riglos, as espetaculares portas dos Pirinéus, com as suas protegidas colónias de abutres. As portas servem para entrar, no nosso caso servirão para sairmos dos Pirinéus. Já com saudades!


A primeira visão dos Mallos de Riglos
Não estavamos preparados para a visão, quase súbita, daquelas enormes formações de pedra. Erguem-se realmente como portas de entrada para um mundo mágico e fantástico!
Ali se praticam vários desportos de aventura, como escalada ou simples caminhadas. O Trail Mallos de Riglos, uma prova de trail running, realiza-se no próximo mês de maio. Se alguém estiver interessado, talvez ainda vá a tempo de fazer a sua inscrição...


Os grandiosos Mallos de Riglos, vistos de frente

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Torre de Pisa transformada em hotel de luxo?

Primeiro pensei que se tratava de uma piada do 1.º de abril, mas afinal é um projeto real: a famosa Torre foi arrendada a uma empresa do Dubai que aí pretende instalar um hotel. De luxo, pois claro! Com os quartos mais caros do mundo: 50 mil euros para ficar numa suite que ocupa um piso inteiro, com vista panorâmica de 360º, e com nomes impressivos como Suite Galileo ou Suite Michelangelo. O hotel até já tem nome, 3,99 degrees, numa alusão ao grau de inclinação da torre. 


O que dizer? A Torre de Pisa é dos monumentos mais visitados de Itália, é património de toda a Humanidade. Estive lá há já muitos anos, com os meus pais. Lembro-me de ter caído mal pus o pé no primeiro degrau: sabia da inclinação da torre, evidentemente, via-se bem, mas não contei com ela quando comecei a subir!
Não, desta novidade não gosto nada!

quarta-feira, 8 de abril de 2015

Novidades - Passear no rio Paiva

Passear no rio Paiva não é bem uma novidade, mas o município de Arouca apostou no turismo de natureza em força, aproveitando o facto de o rio Paiva ser um dos rios portugueses mais preservados em termos de beleza natural. Assim, foi construído um passadiço de madeira de oito quilómetros que acompanha o curso do rio. Esta é a novidade: agora é possível passear no rio Paiva sem nos molharmos, com todo o conforto, apreciando sem problemas a sua beleza, a sua vida selvagem e também os trajetos dos praticantes de canoagem que há muito conhecem e frequentam aquelas paragens.
Se juntarmos a este percurso pedestre o Museu das Trilobites, ou o Geopark, ou o espetacular miradouro da Serra da Freita, perto do Centro de Interpretação das famosas Pedras Parideiras, sobram razões para fazer de Arouca um bom destino para umas pequenas férias, neste bom tempo que se aproxima.
Mais informações aqui.

Foto de Adriano Miranda, no Jornal Público

segunda-feira, 6 de abril de 2015

De mota pelos Pirinéus VI -O charme discreto de Ainsa


Os rios que correm da montanha em Vielha
A zona sul dos Pirinéus espanhóis, desde Vielha a Biescas, está direcionada para a prática de desportos de aventura, desde a escalada  aos passeios a pé ou de bicicleta, da caça à pesca desportiva. Não é de admirar. Estes maciços montanhosos são abruptos, erguem-se repentinamente impondo respeito com os seus picos, que atingem oa 3000 metros de altura. O Monte Perdido, por exemplo, em pleno Parc Nacional de Ordesa, atinge 3355 metros. Por todo o lado se encontram lojas de artigos desportivos. Os rios, que correm das montanhas e chegam apressados aos vales, por entre pedras e rápidos, estão marcados para provas de rafting. Há trilhos de caminhada e de escalada, bem indicados. 

Via Ferrata do Sorrosal

Castejón de Sos é a capital do parapente. E os turistas acompanham esta tendência, são principalmente jovens descontraídos e desportistas.


Jovem turista em Castejón de Sos

E, no meio desta agitação, Aínsa. Encantadora, imperturbável, com o seu charme de outros tempos.
Aínsa fica situada num promontório, entre os rios Cinca e Ara, que aí se juntam, e é uma espécie de viagem no tempo. Mal entramos no núcleo antigo da cidade, somos transportados para um distante passado medieval. 

Porta de entrada no núcleo medieval de Aínsa

As suas ruas estreitas e floridas, as praças sossegadas, as igrejas de pedra escura, as velhas casas senhoriais, tudo nos remete para um passado ainda muito presente. 

Uma das casas senhoriais de Aínsa

Na história de Aínsa cruzam-se celtas e romanos, muçulmanos e cristãos, lendas e história. O seu castelo do século XI lembra-nos o tempo em que a cidade era disputada por cristãos e sarracenos e, a cada dois anos, Aínsa festeja La Morisma, celebrando a vitória de Garcia Ximenez sobre os muçulmanos, em 724, quando uma milagrosa cruz em chamas apareceu aos combatentes.

Esplanadas na praça

A praça principal, cercada de pórticos e colunas, é um hoje um espaço muito agradável, cheio de esplanadas, onde se pode petiscar ou simplesmente beber uma cerveja fresca no fim da tarde. E a vista sobre o Monte Perdido, a partir da esplanada do castelo, é imbatível.

Vista da praça a partir do castelo

Depois de Aínsa e antes de chegar a Torla, recomendo um desvio da estrada principal, substituindo-a pela velha estrada HU631. Encaixada entre duas falésias, que chegam a ultrapassar os mil metros, é uma estrada estreita, para percorrer devagar, acompanhando o rio que corre lá em baixo, à medida que se vai apreciando a beleza das escarpas. A estrada só tem um sentido, por isso, quando se chega ao cruzamento para Biescas, ou se segue em frente ou se volta para Aínsa pela estrada nacional. Há ainda uma terceira hipótese: deixar a mota no parque de estacionamento, seguir o trilho pedestre que sobe até uma antiga capelinha e prolongar um pouco mais o encantamento daquelas paragens.

Cascata de Sorrosal


sexta-feira, 3 de abril de 2015

Canções e viagens - Piaf em Paris



No ano passado, por esta altura, andava a passear por Paris. 
Nada muito novo, tudo já tinha sido visto e revisto, mas não tem importância nenhuma, Paris é sempre uma boa ideia, como diria Audrey Hepburn...
E há sempre coisas novas, como este homem que tocava Piaf na sua harpa, nas escadarias do Sacré-Coeur. Edith Piaf condiz com Paris. Non, je ne regrette rien...