quarta-feira, 6 de maio de 2015

Os Prémios Nobel





O retrato de Nobel à entrada do Museu

Todos conhecemos, com maior ou menor profundidade, o nome de Alfred Nobel. Foi um químico e inventor sueco, nascido em Estocolmo em 1883. Faz por isso todo o sentido que o museu que imortaliza a sua vida e a sua fundação se situe no coração de Estocolmo, no edifício da Bolsa de Estocolmo, numa sossegada praça da zona velha da cidade, a Gamla Stan. 
O museu foi fundado em 2001 e homenageia tanto o engenheiro Nobel, como os que foram homenageados com o prémio que ostenta o seu nome. Mas, para percebermos a sua importância, temos de saber um pouco da sua história.
Alfred Nobel nasceu na Suécia mas não teve uma infância fácil e acabou por estudar em São Petersburgo e viajar pela França, Alemanha e Estados Unidos. Foi em Paris que conheceu o inventor da nitroglicerina, um produto que o interessou pelas potencialidades que tinha para a engenharia civil, na abertura de túneis e fundações. Daqui à invenção da dinamite foi um passo, embora um passo cheio de perigos e acidentes. Dos laboratórios da sua fábrica sairam outros inventos importantes, como a borracha sintética, mas é a dinamite que o torna famoso e rico, embora as suas utilizações tenham ido muito além da engenharia.
Quando morreu, em 1896, deixou em testamento a sua vontade de criar uma fundação que, anualmente, premiasse pessoas que tivessem contribuído para o desenvolvimento da Humanidade. Assim nasceu a Fundação Nobel que, a partir de 1900, começou a atribuir prémios em cinco áreas: Química, Física, Medicina e Literatura (escolhidos por especialistas da Academia Real das Ciências da Suécia) e a Paz Mundial (atribuído por uma comissão do parlamento norueguês). A estes, juntou-se mais tarde o prémio da Economia, mas este já não é financiado pela Fundação Nobel.


A exposição que mostra os laureados, através do século XX
O Museu Nobel tem uma exposição permanente chamada, muito justamente, Culturas de Criatividade, que mostra a vida de Nobel e de muitos dos laureados com o seu prémio, pondo a nota na persistência e na coragem de pensar de forma diferente. Aqui se mostram, década a década, os que tiveram essa coragem e os resultados pelos quais foram agraciados.



A Sala do Jantar de Gala, em preparação
Uma vez por ano, são divulgados os nomes dos laureados com este que é hoje, provavelmente, o mais prestigiado prémio. A cerimónia é cuidadosamente preparada e os que trabalharam em prol da humanidade, como pretendia Nobel, recebem o prémio pecuniário e o seu reconhecimento mundial num jantar de gala, que decorre na grande sala central da Câmara Municipal de Estocolmo. Quando lá estive, em dezembro de 2013, já se preparava a sala para o jantar de gala que se realizaria na semana seguinte. E, numa sala à parte, faziam-se os arranjos florais com centenas de flores enviadas de Sanremo especialmente para a cerimónia. Foi em Sanremo que Alfred Nobel viveu os seus últimos anos e morreu, e é daí que vêm todos os anos as flores que embelezam as salas para a atribuição dos Prémios Nobel. É uma homenagem que a cidade italiana lhe quer ainda prestar, anualmente.


As floristas de Sanremo arranjam as flores para a cerimónia de entrega dos
Prémios Nobel

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