sábado, 12 de dezembro de 2009

Central Park




Dizem que o Central Park é o jardim das traseiras dos nova-iorquinos. E, na verdade, os nova-iorquinos usam-no como se do seu próprio jardim se tratasse. Ocupa um espaço imenso, no centro da ilha de Manhattan, e constitui um verdadeiro pulmão da cidade. Confesso que não consegui visitar todo o parque. Podia ter alugado uma charrete puxada por um cavalo, ou um daqueles riquexós, puxados por um rapaz de bicicleta, que por ali abundam, em todas as entradas do parque. Mas tenho a mania de ser diferente, gosto de saborear os sítios devagar, sentar-me na relva, observar as pessoas, parar a ouvir um músico ou a apreciar um espectáculo de rua. Qual é o resultado? Estive três vezes no Central Park, conheço cerca de metade do parque.





É um parque diferente, porque tem imensas valências diferentes. Como se tivesse de agradar a toda essa população, tão múltipla e diversa, da cidade de Nova Iorque. Como se quisesse oferecer um espaço do seu agrado a cada habitante da cidade.



Há os restaurantes, com e sem esplanada exterior. Há recintos de espectáculos, e até um teatro. Mas, acima de tudo, há um espaço imenso que cada um usa a seu belo-prazer.





No enorme relvado central, que eles chamam carinhosamente pastagem, apanha-se sol nos dias de sol, patina-se nos dias frios de Inverno.





Há lagos para os que gostam de remar e lagos para os que gostam de fazer corridas com os modelos de barquinhos à escala.







Há cinco campos de basebol, onde os nova-iorquinos vão jogar, equipados a preceito segundo o clube da sua eleição, com a possibilidade adicional de contratar árbitro no próprio local. 





Há imensas estátuas que convidam à interacção com quem passa, como a que representa o mundo fantasioso de Alice e dos companheiros do seu país das maravilhas. Há pontes, fontes e recantos onde nos podemos sentar e perder.




Há loucos que falam sozinhos e crianças que dão bagos de uva aos esquilos. E, por todo o lado, há música. Encontram-se músicos, sós ou em pequenos grupos, a tocar por todo o parque. Os instrumentos são os mais variados, desde a flauta ao violoncelo, à guitarra, à percussão. No local onde se recorda John Lennon, à vista do prédio onde habitava, um conjunto quase tão idoso como os próprios Beatles rememora as velhas canções que todos conhecemos e cantámos. São os Strawberry fields, criados por Yoko Ono, com o seu pequeno espaço central Imagine.





Há espaço para tudo. É um mundo dentro desse outro mundo que é Nova-Iorque. Mas fico com a impressão que é necessário vaguear pelo Central Park para entender a própria cidade.


(Fotografias de Teresa e Fernando Ferreira)

12 comentários:

  1. Mais uma linda viagem pra nós em teu post. Nunca estive lá e deve ser lindo mesmo!beijos,tudo de bom,chica

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  2. Oi,Teresa
    Tenho vind pouco aqui nesse seu espaço que é um deleite ,sempre.
    O Park é mesmo maravlhoso ,tem cenários pra agradar a todos.
    Adorei.
    Abraços

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  3. Ola Teresa, admito que os Estados Unidos não é o Pais que me fascina mais a visitar, embora não me importa-se nada de o conhecer, e o Central Park é um dos principais motivos para isso, acho que o espírito que ai se vive é único!

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  4. Também não me agrada muito os Estados Unidos... porém, existem certas concepções de suso do espaço que são exemplares. E o Central Park é a maior delas.

    Abraços

    Shisuii

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  5. Teresa, vim te conhecer pois, gostei muito do seu coomentario lá na Ana Filipa. Lindo o seu post e super interessante.

    Um abraco grande

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  6. Chica, Lis, Georgia
    Obrigada pelas palavras. Voltem sempre.
    Bjs

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  7. Tânia, Shisuii
    Os EUA são um país muito grande e é perigoso fazer generalizações. Nova Iorque não é o Texas ou a Califórnia. É uma cidade muito viva e múltipla, onde há de tudo para todos. E que vale a pena conhecer.
    Bjs

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  8. Quando eu for a NY não me hei-de esquecer deste roteiro magnífio pela cidade.

    Dicas preciosas são excelentes auxiliares.

    Saudações

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  9. OS "States" nunca me fascinaram muito, mas gostaria de dar aí um salto, lembro-me sempre de Simon and Garfunkel ao vivo, como se tivesse lá estado:)

    Happy Christmas!

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  10. JPD
    Essa é a maior riqueza dos blogues e da blogosfera: a partilha de informação. Eu tenho aprendido muito e adquirido muitas informações que, tenho a certeza, me serão úteis.
    Bjs

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  11. Oh, Paula, é isso mesmo! Quer se goste dos EUA ou não, a nossa cultura está tão impregnada da cultura americana que nos sentimos em casa.
    Bjs

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  12. Me gusta el ambiente y la estauta de Alicia, es mu cuento preferido.
    Bjs

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