(Praça fronteira à Igreja da Natividade)
Aproveitando um tempinho livre, fomos à cidade de Belém onde, segundo a tradição, nasceu Jesus Cristo. Gostei muito da Igreja da Natividade, antiga, bela na sua simplicidade, muito diferente da Igreja do Santo Sepulcro. O ponto central é o lugar do estábulo, onde supostamente se deu o nascimento.
(Local do estábulo onde Jesus Cristo nasceu)
Também ali ao lado, o local onde S. Jerónimo, no século V, viveu e traduziu a Bíblia para latim, produzindo a célebre Vulgata. Tanta História num espaço tão reduzido!
Belém fica no território da Autoridade Palestiniana. Dista cerca de 12 quilómetros de Jerusalém, mas temos de atravessar uma fronteira, armados com o nosso passaporte europeu, que facilita bastante as coisas. A grande diferença é que essa fronteira é um enorme muro em betão, com guaritas e militares.
(Na fila para passar a fronteira com a Autoridade Palestiniana)
A saída de Israel para a Palestina não é demorada, já a entrada é mais complicada. Os militares asseguram-se de que não há palestinianos, ou outros intrusos; aqui, a presença dos militares é ainda mais intensa, há que evitar bombistas e atentados...
(O Muro, do lado palestiniano)
Já em Jerusalém Ocidental, passámos por uma escola, grande e moderna. O nosso guia, judeu filho de brasileiros, e o árabe que conduz o autocarro, ambos têm os filhos nesta escola. É uma das poucas escolas pluriculturais que existe em Israel e é uma novidade. Aguçaram-nos a curiosidade, queremos saber mais. É uma escola frequentada indistintamente por árabes e israelitas que, a partir dos três anos, se tornam bilingues, já que há dois professores nas classes primárias e todos aprendem árabe e hebreu. Festejam-se em conjunto as principais festas judaicas e muçulmanas, aprendem-se os cânticos para se poder cantar em conjunto, respeitam-se as tradições mútuas. Aprendem em conjunto, brincam em conjunto, talvez venham a conseguir viver em conjunto.
Talvez, assim, aquele grande muro que o ódio e o medo foram construindo, deixe um dia de ser necessário!
(Fotografias de Teresa Diniz)
Aquele muro deixa passar semprepara os hospitais de Israel os doentes que nãoencontram na terra delestratamento.as crianças são todas aceites.
ResponderEliminarcreio que me fico apenas por lhe chamar o muro do medo , o ódio na realidade não existe, apenas incompreensões que um dia acabam .
Obrigado pela viagem.