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Telhados de Varsóvia |
A primeira impressão que tive de Varsóvia foi a de uma cidade limpa e espaçosa. Grandes avenidas cruzam-se, perpendiculares entre si, ladeadas por edifícios monolíticos e regulares, herdados da era comunista. O nosso hotel também vem dessa época: uma recuperação cuidada de um bloco monolítico, em plena Praça da Constituição, a grande praça destinada às manifestações e desfiles militares.
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A Praça da Constituição |
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O Palácio da Ciência e da Cultura |
A parte mais interessante de Varsóvia
é, sem dúvida, Stare Miasto, a Cidade
Antiga, agora património da UNESCO. Pode-se entrar na Cidade Antiga pelo lado
das muralhas, o Barbican, ou pela Praça Zamkowy.
Na verdade, é apenas o centro da velha cidade de Varsóvia. Se houve cidade martirizada na 2.ª Guerra Mundial, foi sem dúvida esta. A ocupação nazi, os confrontos quando da insurreição do gueto e depois, quando do levantamento da população de Varsóvia contra a ocupação, a ocupação do exército vermelho, não deixaram pedra sobre pedra. No final da guerra, Varsóvia era uma cidade devastada. Pacientemente, a cidade foi reconstruída. Recolheram-se fotografias antigas, postais, gravuras, e reconstitui-se o centro histórico.
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Entrada na Cidade Velha, pelo Barbican |
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A Praça Zamkowy, com o Palácio Real |
Na verdade, é apenas o centro da velha cidade de Varsóvia. Se houve cidade martirizada na 2.ª Guerra Mundial, foi sem dúvida esta. A ocupação nazi, os confrontos quando da insurreição do gueto e depois, quando do levantamento da população de Varsóvia contra a ocupação, a ocupação do exército vermelho, não deixaram pedra sobre pedra. No final da guerra, Varsóvia era uma cidade devastada. Pacientemente, a cidade foi reconstruída. Recolheram-se fotografias antigas, postais, gravuras, e reconstitui-se o centro histórico.
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Um cantor de rua na Praça Zamkowy |
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Uma das casas da Cidade Velha |
Hoje, estamos sentados numa esplanada
da Praça Zamkowy, olhamos à volta e vemos uma cidade antiga, mas construída nos
anos 50 e 60 do século XX. E como é bonita: as igrejas com as suas torres, as
casas com as frontarias pintadas e as tabuletas em latão, o Barbican com as
suas muralhas e torres em tijolo, o Palácio Real, a coluna com a estátua do
velho Rei Segismundo…
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O Barbican |
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Um dos melhores restaurantes de Varsóvia |
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O Rei Segismundo na sua coluna |
Tal como a estátua do rei, toda a
Cidade Antiga me dá uma estranha sensação de encenação, mas também de um povo
que, contra ventos e marés, luta para recuperar e preservar os seus símbolos e
a sua identidade.
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O Papa João Paulo II está em todo o lado |
A propósito de símbolos, o de
Varsóvia é uma sereia empunhando um escudo e uma espada. Encontra-se por todo o
lado, em versões mais femininas ou mais viris. Há várias lendas à volta desta
sereia, mas a mais consensual conta que seriam duas irmãs gémeas que vieram do
Norte; no Mar Báltico separaram-se, uma foi para Copenhaga, a outra desceu o
rio Vístula e foi apanhada em Varsóvia nas redes de um pescador que se
apaixonou por ela. Dá-me ideia que esta era mais aguerrida do que a mana
dinamarquesa e jurou ser a defensora da cidade. Daí o escudo e a espada.
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A sereia de Varsóvia |
Há muitos parques e espaços verdes em
Varsóvia. O Parque da Saxónia (em polaco Ogród Saski) é o parque público mais antigo da cidade. Foi
destruído e recuperado várias vezes ao longo da História e hoje é um espaço
muito agradável para passear em pleno centro da cidade, perto do Palácio da
Cultura. Ao fundo do parque, encontra-se o memorial ao soldado desconhecido, um
pequeno espaço com uma grande dignidade.
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O túmulo do soldado desconhecido |
O maior parque da cidade, no
entanto, é o Parque Łazienki, situado na avenida
que liga o Palácio Real ao Palácio Wilanów, a sul. São oitenta hectares de
espaços verdes e áleas bucólicas, cruzados por dois lagos. O chamado Palácio da
Ilha pode ser visitado (e a visita é paga) mas a entrada no parque é livre e é
um espaço magnífico, onde apetece passear ou simplesmente sentar na relva a ler
um livro. O Palácio Belvedere está transformado num restaurante. Tem um
original Relógio de Sol e um templo grego de imitação. Mas o monumento mais
célebre do parque é a grande estátua de Chopin, o mais querido dos nativos de
Varsóvia. No verão, realizam-se concertos no relvado próximo. Enquanto
esperamos pelo verão, podemos sentar-nos num banco de jardim, carregar num
botão e ouvir um pouco de uma composição do grande compositor. Diz-se que
Chopin retratou como ninguém a alma polaca…
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A original estátua de Chopin |
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O antigo palácio, junto a um dos lagos |
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O relógio de sol do Parque |
A cidade nova de Varsóvia está cheia
de altos prédios em construção, de arquiteturas arrojadas, que cortam as linhas
monótonas das construções soviéticas. É uma cidade que preserva o passado, mas
caminha decididamente para o futuro.
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Gostei de Varsóvia... |